Publicado em Prata da Casa

Maninho Pintor, um talento “Prata da Casa”

Fonte: Sistema Jolusi de Comunicação
Texto, edição e arte: Jorge Luiz da Silva.
Imagens: Facebook – Maninho Pintor e reprodução. 
Salvador, Bahia (da redação itinerante).

Edson Silva Peixinho, nasceu na cidade histórica de Monte Santo, Bahia, em 15 de novembro de 1941, sob o signo de escorpião. Artista plástico escultor, desenhista músico, compositor, projetista, publicitário e minerador.

Imagens: Acervo de Maninho Pintor.

Desde criança vem se dedicando a arte de pintar, vocação que trouxe de berço. Chegou em Serrinha nos idos de 1956 logo se revelando com sua pintura primitiva transportando para telas figuras exóticas da vida Serrinhense como; Raspilha, Maria chupa bico, Rodrigues Búzio e outros, cujo realismo impressionante despertou o interesse de grandes colecionadores de arte.

Maninho também idealizou e criou o brasão e a bandeira do município da cidade de Serrinha e da vizinha cidade de Barrocas BA.

Imagens: Acervo de Maninho Pintor. arte – reprodução.
Imagens: Acervo de Maninho Pintor – arte-reprodução.

A câmara de vereadores atenta aos princípios reconhecimento, concedeu uma moção de congratulações, e o título de cidadania ao ilustre artista, pela sua fértil imaginação e criatividade.

Maninho também é autor de alguns monumentos como:

Monumento morena bela e monumento Maria fumaça na cidade de Serrinha.

Imagens: Acervo de Maninho Pintor
Imagem: Repórter Nen Silva Blogspot

E em plena atividade, o seu mais recente trabalho artístico, foi o monumento de São Sebastião na cidade de Biritinga inaugurado dia 20 de janeiro de 2019, considerado um dos pontos turísticos da cidade.

Imagem: Acervo de Maninho Pintor – Reprodução.

Edson Silva Peixinho também reserva um espaço em sua vida para o esporte onde é um brilhante entusiasta do Bilhar.

E essa sua paixão ainda passou para o seu filho Patrick que se empenha na disputa de competições profissionais de nível nacional e internacional, onde vem conquistando um lugar de destaque.

Maninho Pintor natural de Monte Santo, mas Serrinhense de coração, depois de quase 63 anos residindo nessa cidade que o adotou como filho.

Imagens: Facebook. Acervo de Maninho Pintor.

No convívio com as artes e o esporte em Serrinha, o popular artista Maninho Pintor se envolveu em uma história de amor, paixão e decepção.

Mas, apesar de tudo sempre encontrou forças para reservar o seu lugar também na comunicação.

E foi no ano de 1995 que criou a revista AGENDA DO SERTÃO, uma replica de uma enciclopédia sobre a cidade de Serrinha, que ao longo desses anos se tornou uma das mais creditadas da região, com uma tiragem de 5.000 exemplares, por edição.

Imagens: Facebook – Acervo de Maninho Pintor.

O artista Maninho Pintor em determinados momentos deixa transparecer sua revolta e frustração com alguns gestores do município. E num desses momentos resolveu desabafar.

“Existem coisas piores, que me deixa mais triste. Escute bem Jorge Luiz: Serrinha quando completou 100 anos de emancipação política, por incrível que pareça, ainda não existia bandeira, nem brasão, símbolos representativos do município, e entre inúmeros projetos elaborados por várias pessoas, apesar de que eu mesmo sem conhecimento em heráldica o estudo da ciência dos brasões, criei um projeto que foi aprovado pelo legislativo, sancionado pelo executivo, e oficializado, aparentemente. Evidentemente me concedendo a legitimidade de autor da Bandeira e brasão do nosso município.

Mas se fizermos uma pesquisa na internet, não encontramos o nome do autor.

O que encontramos é autor desconhecido.

Imagem: Reprodução.

Falta total de reconhecimento a autoria, que por lei é caracterizado crime de omissão. Confesso que me deixa muito contrariado principalmente porque idealizei e crie esses símbolos tem grande importância para o município, sem custos para os cofres públicos.

Imagens: Acervo de Maninho Pintor.

A vida é uma aventura ousada ou, então, não é nada.

Maninho Pintor: A experiência é uma coisa muito interessante. É nos servindo dela que aprendemos grande parte daquilo que sabemos; por ela orientamos, muitas vezes, os nossos passos; com ela evitamos a repetição de dissabores e procuramos aquilo que já sabemos ser bom. A experiência poderia servir para que a nossa vida fosse muito mais previsível e controlável, mais cômoda e segura, livre de problemas, uma chatice, enfim…

Felizmente, a natureza possui aspetos desconcertantes que têm o condão de permitir que, apesar de existir a experiência, a nossa vida seja em cada um dos seus momentos uma aventura louca e sem destino previsível. Um deles é que a experiência que adquirimos numa fase da nossa vida não nos serve de nada quando chegamos à fase seguinte. Apesar da experiência que vamos adquirindo, chegamos, a cada uma das nossas épocas, inexperientes e inseguros como da primeira vez. A vida, na sua magnífica diversidade, vai nos oferecendo constantemente novas situações, para as quais nunca estamos verdadeiramente preparados. Algumas são duras: um fracasso grande, uma doença que veio para ficar, a morte de alguém que nos faz falta…

Estas limitações da experiência nos forçam a crescer continuamente; nos mantêm tensos, esforçados. Permitem que tenhamos constantemente objetivos diferentes. Dão colorido à nossa vida. É assim que nos podemos manter de algum modo jovens em qualquer idade. Quem programou este jogo da vida o fez de forma a que ele tivesse sempre interesse. Subimos de nível, saltamos do material para o espiritual, varia o grau de dificuldade, mudam os adversários e o ambiente – como nos jogos eletrônicos… Não somos poupados a sofrimentos, mas nos é dada a possibilidade de reagir e continuar a avançar. Se temos saudade do que ficou atrás, também nos é permitido sonhar com o que está adiante. Se conservamos o dissabor de derrotas que tivemos, também planejamos a vitória que se segue.

Imagem: Facebook – Reprodução.

No jogo da vida, as derrotas deixam marcas, as feridas fazem mesmo doer, muitas vezes não recuperamos aquilo que perdemos. Estamos ancorados à realidade e, por isso, para nos divertirmos, para nos sentirmos como aventureiros no meio de tudo isto, temos a necessidade de coragem. E de não calarmos aquilo que dentro de nós nos chama a um sonho, clama por aventura, pede para fazermos com a vida qualquer coisa que seja grande. Poderíamos dar ouvidos ao medíocre que quer se instalar em nós. E evitar, por medo e preguiça, as dificuldades, as complicações, o sonho. Mas “evitar o perigo não é, a longo prazo, tão seguro quanto se expor ao perigo. A vida é uma aventura ousada ou, então, não é nada”.