Fonte: Sistema Jolusi de Comunicação.
Texto, edição e arte: Jorge Luiz da Silva.
Imagens: Acervo pessoal e reprodução.
Salvador, Bahia (da redação itinerante).
Hoje ainda guardo na lembrança uma edição do Festival da MPB realizado em Serrinha no início dos anos 70.
Os organizadores sob o comando do popular Lino, cujo nome de batismo é Jocelino Lima dos Santos tornaram realidade um projeto ousado para a época.
Foi disponibilizado para os participantes o melhor conjunto musical da região do Sisal, “deuses”, que nasceu de uma ideia de Gereba e contou com o apoio do saudoso Dr. Hamilton Safira Andrade.
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Os músicos Zé de Henrique (teclado), o saudoso Zé dos Couros (baterista), Capenga (contrabaixista) Gereba (violista) Gordo ou Chico Bracinho (pistonista) ficaram à disposição dos participantes no período da tarde para que os ensaios entre os cantores e a banda fossem realizados alguns dias antes do tão esperado evento.
Aproveito para tornar público algumas das minhas lembranças do memorável Festival de Música.
José Gonçalves meu estimado amigo e vizinho na época cantou uma música de sua autoria que tinha o seguinte refrão:
“Esperei por você
Você não cumpriu
Já sei de tudo
Você não veio por causa do frio”.
Mas foi o saudoso Macaúbas quem assegurou o primeiro lugar.
Neguinho do Acarajé garantiu a segunda colocação.
Eu alcancei o terceiro e o quarto lugares com as músicas de minha autoria em parceria com Nilton Mendes: “A Moça de Branco” e “Hippie ou Vagabundo”; o quinto lugar com “Regina Não Deixe que a Nossa Estrela Perca o Brilho”; a sétima posição com a música “Vera”, letra de Albino Hermógenes e a oitava colocação com a música “Na Calada da Noite”, de minha autoria.
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Não venci o festival porque os membros do júri não quiseram, mas consegui emplacar 5 músicas entre as dez classificadas para a fase final e conquistei uma imensa legião de fãs entre o público presente no Cine Marajó.
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Outro detalhe que jamais vou esquecer.
Levei praticamente um “guarda-roupas” para o vestiário com 5 camisas, cinco calças e um colete.
Cada música que eu cantava, me apresentava com uma roupa diferente.
O Festival vai ficar para sempre na memória de todos os participantes pela qualidade e pela irmandade que se formou entre todos nós. E ainda porque guardando as devidas proporções o evento foi tão bom quanto os festivais realizados pela Record naquela época.
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Por tudo isso é importante parabenizar a todos os envolvidos, principalmente o humilde e competente organizador Jocelino Lima dos Santos, muito mais conhecido como “Lino” e o seu braço direito “Mário”, nem lembro o seu sobrenome, no entanto fiquei sabendo recentemente que ele está residindo em Salvador.