Publicado em Histórias da Vida Real

Meu primeiro amigo a gravar um disco

Fonte:  Sistema Jolusi de Comunicação
Texto, edição e arte: Jorge Luiz da Silva.
Imagens: Acervo pessoal e reproduzidas.
Serrinha, Bahia (da redação itinerante).

Em 1973, eu ainda nem sonhava que um dia pudesse gravar um disco, mas vivia assistindo shows, ouvindo programas de rádio e visitando as emissoras de Aracaju, além de cantar em várias cidades do interior e no Domingo em Festival, programa comandado pelo saudoso bidu, Luiz Trindade, considerado por alguns como o J. Silvestre sergipano…

Inclusive eu tinha o hábito de escrever cartas para os programas da Rádio Jornal de Sergipe, Difusora, Liberdade, Cultura e Atalaia solicitando as músicas que eu gostava.

Não demorou muito e foi lançado o compacto “PRELÚDIO EM TOM VOCÊ”, a música carro-chefe da tradicional bolacha preta, e com outras três composições, de autoria da compositora sergipana Maria Olívia:

Caminhada, a faixa 2, do lado A
Maria 73, A faixa 1, do lado B
e Milagres do amor, a faixa 2, do lado B.

em Salvador no Estúdio JS, localizado na travessa d’Ajuda.

Maria Olívia Silveira a compositora dessas 4 músicas interpretadas de forma magistral por Agildo Alves, o Gravatinha e de outras mais, se tornou uma das grandes referências da música sergipana, além de ser uma excelente pianista.

Filha de Crispim Henrique Silveira e D. Laudelina Costa Silveira, morou, inicialmente, na rua Arauá e depois mudou-se para o Bairro Santo Antônio.

Algumas fotos: Radar Sergipe
Foto da Rua Arauá: Wilson Houck Jr. (site: panoramio.com)

Ainda na década de 60, montou seu próprio conjunto. “Maria Olívia e os Ases da Música”, formado por ela (piano), José do Patrocínio (violão e sax), Luiz Carlos (piston), Maurício (sopro) e Tuquinha (baterista).

Durante décadas fez muito sucesso tocando e clubes e acontecimentos sociais.
Apesar da sua formação erudita, Maria Olívia sempre valorizou a Música Popular Brasileira, escolhendo “à dedo” o repertório do seu grupo.

Gravou um CD e um LP com 12 músicas de sua autoria, cantadas pelo sergipano Agildo Alves, o Gravatinha, cuja gravação foi realizada no Rio de Janeiro, com o maestro Ely Arcoverde.
Nossa Canção, Mágoas de Um Carnaval, Milagre do Amor, Ausência (sua primeira composição), Sinal Vermelho, Partida, Canto de Inhansã, Miragem, Problema Seu, Saudação, Voltei Pra Ficar e Sempre Portela.
O disco foi um sucesso artístico e um fracasso de vendas.
Encalhado nas lojas, Maria Olívia recolheu quase toda a edição e resolveu presentear seus admiradores, dando-os autografados àqueles que assistiam suas apresentações.

Autor:

Criado em 22 de outubro de 2002. Oficializado em 31 de outubro de 2022. Venha se apresentar no Palco Brasil Aqui o talento tem vez.

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